quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Essa é pra quem não acredita!


Uma pessoa querer emagrecer não é nenhuma novidade. Quando são as mulheres que se mostram insatisfeitas com seu peso, o fato se torna ainda mais comum. E apesar de batido e, até mesmo, piegas, esse será o tema do meu post de retorno.

Sim, faz tempo que não escrevo por aqui. E por isso mesmo, nenhum assunto poderia ser o mais indicado para essa volta, como a minha dieta. Isso porque eu sempre desisti das coisas muito facilmente. Persistência e força de vontade certamente não são minhas características mais marcantes. Prova disso é o abandono desse blog.

Mas, para mostrar que mudei, ou pelo menos estou tentando, olha eu aqui com duas novidades. Primeira, eu não desisti de escrever! Segunda, descobri que posso sim conquistar algo que desejo muito, mesmo que o sacrifício para isso seja bem grande.

Como vocês sabem (relendo meus posts anteriores, deixei isso bem claro), eu gosto muito de comer. E de uns tempos pra cá, esse hábito se tornou cada vez mais primordial na minha vida. Um evento não era bom se não tinha comida. Uma festa de aniversário era ansiosamente aguardada por causa dos docinhos. Mudei? Não, de jeito nenhum. Mas, engordei bastante.

Dentro de casa já estava escutando críticas a respeito do meu sobrepeso (e bota críticas nisso, especialmente da minha querida e sincera mãe). Mas, a ficha realmente caiu quando as calças começaram a não servir mais. E, com o incentivo do meu namorado, que aderiu ao regime de South Beach (aquele que corta os carboidratos), resolvi me aventurar pelo terrível mundo das dietas.

Foram duas semanas, 14 dias, 336 horas, 20.160 minutos, sem colocar sequer um carboidrato na boca. Para pessoas como eu, viciadas em arroz, pão, macarrão, doces, frutas, sucos... isso é uma tortura! Mas, eu aguentei.

E mais, a sedentária mor, abandonou a vida de sofá e televisão (ok... abandonar é uma palavra forte. Acho que a expressão: “Diminuí o tempo de sofá e televisão” expressa um pouco mais a realidade). Comecei a frequentar a academia. É verdade! Eu não pago simplesmente. Eu também vou e faço os exercícios. E, pra melhorar ainda mais, estou voltando todos os dias do trabalho a pé para casa. No meio do caminho paro para malhar, e, em seguida, retorno à minha caminhada.

E a pergunta que não quer calar é: emagreci? Quase nada. Eu sei, a realidade é triste. Ninguém mais do que eu gostaria de responder: “Claro. Emagreci tudo que eu queria e foi muito mais fácil do que imaginei!”. Mas, a vida é dura e a realidade não é essa. Mas, o que mais me deixa orgulhosa de mim mesma é que mesmo com os resultados não sendo os esperados, eu não desisti.

Continuo com meus exercícios (cada vez mais frequentes na minha rotina) e agora passei para a segunda fase da dieta: posso incluir alguns carboidratos, como frutas, arroz e pão integral nas minhas refeições. Ok, a vida não é um mar de rosas. Meu cardápio não é aquela maravilha. Mas, não abandonarei meu projeto verão 2012. Mais do que estética, agora é uma questão de honra.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Um tapa na cara da história do Brasil


Se o principal objetivo de Leandro Narloch com o “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” era irritar os leitores, como ele mesmo afirma na apresentação do livro, preciso dizer que comigo ele falhou.

Sempre fui conhecida por ser “do contra”. Nunca segui modismos, não gosto de unanimidades, busco controvérsias e procuro o outro lado da versão oficial. Ou seja, a obra de Narloch praticamente foi escrita por mim! Brincadeira e modéstia à parte, acho válido desmistificar verdades absolutas, que nem sabemos se realmente são realidade.

A maioria dos temas abordados no livro são ensinados nas escolas como fatos indiscutíveis. Mas, eu, como curiosa e jornalista que sou, me questiono se a história foi exatamente assim. Assuntos como escravidão e a colonização, por exemplo, sempre mostraram o óbvio: negros e índios pobres indefesos que sofreram barbaridades tremendas nas mãos de brancos e portugueses.

Isso tudo é mentira então? Nada daquilo que nos foi contado aconteceu de verdade? Calma, não é bem assim. Barbáries foram sim cometidas contra muitas pessoas. Injustiça e desigualdade social existem desde sempre na nossa história. Mas, para deixar a trama com um tom mais dramático e, até diria, emocionante, alguns detalhes são esquecidos nos livros. E foi isso o que mais me conquistou nas narrativas de Narloch. Pela primeira vez, encontrei um ponto de vista da história que mostra que os negros e índios não eram tão fracos, oprimidos e ingênuos como eu imaginava. Eles souberam utilizar as circunstâncias em que viviam a seu favor. Conseguir tirar vantagens e aproveitar benefícios até mesmo da escravidão.

Aquela imagem que temos dos índios como coitados, enganados pelos portugueses, que trocavam pau-brasil, a maior riqueza do país na época, por míseros espelhos, é um mito. Eles realmente fizeram esse negócio. Mas, para eles, naquela circunstância, foi muito vantajoso. Afinal, eles estavam trocando uma plantinha que dava em tudo quanto é lugar por um objeto “mágico” que refletia a sua própria imagem nunca antes vista. Não faz sentido? Será que eles eram tão inocentes assim?

E ao contrário do que pareça, mostrar que essas “classes oprimidas” não foram apenas vítimas, só realça ainda mais o seu valor. Será que nosso preconceito não se difunde cada dia mais nas escolas quando ensinamos às nossas crianças que os brancos e europeus eram espertos e inteligentes, enquanto os índios, negros e brasileiros, eram bobos e ingênuos?

Mas, Leandro Narloch vai muito além. Ele diz aquilo que todo brasileiro sabe, mas não admite: Santos Dumont não inventou o avião! Relaciona as origens do samba, o ritmo mais famoso e popular do país, com o fascismo, regime ditatorial implantado na Itália. Questiona a existência de um dos mais importantes artistas do Brasil, o Aleijadinho. Mostra os lados obscuros de escritores brasileiros tidos como mito: o trabalho como censor do governo realizado por Machado de Assis, ou José de Alencar, que era contra a abolição da escravatura. Defende o Brasil, pela primeira vez, em seu papel exercido na Guerra do Paraguai e mostra que nosso país vizinho não foi vítima coisa nenhuma. E isso tudo de maneira muito divertida!

É claro que, assim como os livros de escola, o “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” também não pode ser tido como verdade absoluta. Apenas, é interessante investigar o outro lado, sempre com bases e pesquisas profundas e documentadas. E também deixo claro que não concordo 100% com as exposições de Narloch. No livro, ele mostra que o Acre é um dos maiores desperdícios de dinheiro do Brasil. O que é gasto no Estado pelo governo federal não gera retorno necessário para mantê-lo. O autor, inclusive, afirma que se o país, ao invés de anexar o Acre ao seu território, tivesse utilizado o dinheiro em investimentos no transporte público, São Paulo teria hoje o triplo de linhas de metrô. Ok, isso pode até ser verdade. O Acre pode realmente não gerar grandes benefícios financeiros ao Brasil. Mas, e a questão cultural? E as riquezas populares tão presentes do Norte ao Sul do país?

O autor simplesmente fecha os olhos para determinadas questões para dar mais valor aos pontos que defende em sua obra. Mas, isso já era de se esperar, porque, afinal de contas, o livro foi escrito para isso mesmo: contestar, polemizar e irritar. Pena que comigo não deu certo. Mas, confesso que eu adorei!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aprendendo a viver!


Algumas pessoas têm o dom da palavra. Outras sabem o segredo da felicidade. Poucas possuem ambas as qualidades. E raríssimas utilizam esses atributos para ensinar o próximo. Victor Hugo é uma dessas exceções. Alguém que deve ser reconhecido por seu talento, mas, principalmente, por sua generosidade.

Há cerca de oito, dez anos (não lembro exatamente a data, mas jamais esqueço a ocasião) fui apresentada ao poeta. Ou melhor, fui literalmente arrebatada por um de seus textos. Desejo é um dos melhores poemas que tive a oportunidade de ler. Simples, direto, encantador... simplesmente perfeito.

Indicado para todas as pessoas e momentos. Mas, especialmente, para àquelas que levantam já pensando na hora de deitar novamente. Para aqueles dias em que todas as situações que nos cercam não nos despertam qualquer sentimento além do cansaço. Para quem acredita que nada pode dar certo. Ou, simplesmente, para quem se sente só.

Poema não faz milagre, mas garanto por experiência própria (afinal, sou uma pessoa de carne, osso, coração e MUITOS hormônios) que palavras sábias ditas em momentos oportunos são o melhor remédio para reverter qualquer desânimo ou desalento, amargura ou rancor, tristeza ou angústia.

Aproveito para confessar um pecadinho. Sempre tive ciúmes desse poema. Engraçado, né? Como a gente pode se sentir “proprietário” de algo que nem de sua autoria é? A questão é que me identifico tanto com esse texto, acho tão singelo, tão verdadeiro, que, muitas vezes, sinto como se o Victor Hugo tivesse escrito só para mim. Mas, deixando meu egoísmo de lado (e meu ego também), partilho agora com vocês mais do que uma obra-prima da poesia, mas uma verdadeira lição de vida. Aproveitem e repartam com as outras pessoas. Dessa forma, mesmo sem o dom da palavra, pelo menos nos assemelhamos ao poeta na solidariedade.

Desejo (Victor Hugo)

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconsequentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar .

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ficção x Realidade ou Ficção = Realidade?

Juro que queria fugir do clichê existente na comparação entre 1984 e Admirável Mundo Novo. Mas, é praticamente impossível. Quem lê as obras de George Orwell e Aldous Huxley, respectivamente, não consegue de forma alguma dissociar as duas histórias.

Apesar de escritos em épocas e lugares diferentes, as semelhanças são gritantes. Em um futuro distante, as pessoas se veem coagidas, repreendidas e alienadas. É claro que as maneiras em que isso acontece são diferentes, mas o conceito é praticamente o mesmo.

Em 1984, as pessoas eram prisioneiras do governo. Vigiadas noite e dia, eram obrigadas a reverenciar o Grande Irmão (líder supremo do partido), sem direito a luxos ou coisas muito mais simples, e por isso mesmo, mas importantes, como liberdades de escolha e pensamento.

Já em Admirável Mundo Novo, as pessoas, criadas em laboratório, eram condicionadas desde antes de seu nascimento a serem felizes. A viver de acordo com aquilo que lhes era apresentado, como se fosse a única possibilidade existente e aceitável. O governo acreditava que pessoas alienadas não entrariam em conflitos e, através da submissão, poderiam transformar o mundo em algo estável.

Enquanto os personagens de George Orwell sofrem com a repressão, os protagonistas de Admirável Mundo Novo vivem uma falsa impressão de liberdade. O que me faz perguntar: qual dessas situações seria a melhor (ou, menos pior)?

Por um lado, as pessoas retratadas por Aldous Huxley presenciam uma certa dose de felicidade. Mas, ao mesmo tempo, esse sentimento é algo imposto pelas autoridades, não é natural. E, sem saber, elas se satisfazem com seu cotidiano, com a rotina, com o status e a hierarquia. Ninguém valoriza as relações interpessoais ou o indivíduo em si. O importante é o coletivo. E, quando desanimado ou infeliz, o personagem é entregue ao “Soma”, uma droga que alivia qualquer sentimento de questionamento ou tristeza.

Em 1984, o sentimento de infelicidade é geral. As pessoas trabalham feito escravas e vivem uma ditadura da mais rigorosa. Não podem manter relacionamentos afetivos profundos e verdadeiros ou qualquer tipo de pensamento que contrarie os impostos pelo Grande Irmão. Os personagens são simples, vivem uma rotina árdua e não possuem livre arbítrio. Mas, apesar disso tudo, são pessoas conscientes de suas condições e sofrimentos.

E apesar de todas essas diferenças, os autores (mesmo há muito tempo atrás) conseguem ser atuais até os dias de hoje e atingem os mesmos objetivos. Orwell e Huxley questionam a influência do poder na vida de toda uma sociedade e, ao mesmo tempo, a falta de individualidade dos seres humanos.

1984 e Admirável Mundo Novo refletem o detrimento do indivíduo em “benefício” da comunidade. Mas, é válido pensar: será que os fins justificam os meios? Além disso, será mesmo que a organização e estabilidade refletem em sucesso e felicidade? Acho que George Orwell e Aldous Huxley publicaram seus livros (em 1949 e 1932, respectivamente) prevendo um futuro marcado pelo autoritarismo e repressão. É claro que, por serem ficções, as obras exageram e pontuam características peculiares um pouco além da “realidade” para chamar a atenção e prender o público. E, mesmo assim, são fortes, presentes e, posso até dizer, assustadoras, pois são próximas e factíveis.

Temo pela perda de civilidade dos seres humanos, que foi adquirida tão lentamente e aperfeiçoada geração por geração. Receio também que os instintos falem mais alto do que a consciência e que não haja mais solidariedade e respeito mútuos. Mas, ainda acredito nas pessoas e torço pra que esse tipo de ficção nunca se torne realidade.

Obs: Vale lembrar que a leitura de 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, são imprescindíveis para qualquer amante de literatura ou para aqueles que simplesmente desejam entretenimento eficaz e inteligente. Recomendo!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Brownie, o retorno


E se é pra torturar, vamos fazer direito. Após a opinião abalizada do meu namorado e maior incentivador dessa empreitada “chocolística”, decidi que, a partir de agora, irei fotografar cada um dos brownies que eu experimentar. Para isso, terei que me sacrificar e provar novamente aqueles já saboreados.

Mas, como ainda estou impossibilitada de voltar ao trabalho, exponho aqui minha singela opinião das receitas mais satisfatórias que encontrei neste longo caminho de restaurantes e lanchonetes de São Paulo.

Como adiantei no post anterior, o brownie do América, até agora (vale ressaltar), é o meu predileto. Macio, crocante, saboroso... uma delícia!

Na segunda colocação, mas não menos apetitoso, elegi um espécime diferente (mas, ainda brownie) experimentado na Pizza Hut. Sim... existem outras maravilhas além do prato típico da casa. O Brownie Cookies’n’Creme Hershey’s (o nome faz jus a sobremesa) tem como base chocolate branco com cookies. Simplesmente inexplicável o sabor dessa mistura, ainda mais quando transformado em bolo e servido com sorvete!

E o top 3 foi experimentado no Applebee’s. Seguindo a receita tradicional, bolo de chocolate quente, sorvete, calda, não deixa a desejar na textura e sabor. O prato farto pode ser tranquilamente dividido por duas ou três pessoas.

Só deixo aqui minha insatisfação pelo preço salgado dessas sobremesas (desculpem pelo trocadilho). Nunca, um brownie sai por menos de R$ 15.

Me despeço temporariamente dessa aventura culinária e, assim que retomar o projeto, volto com dicas e fotos dos melhores doces da cidade. Até lá, aproveitem para provar pelo menos esses três citados anteriormente. Garanto que valem cada centavo e caloria!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

É uma tentação!

Hoje, inicio um novo rumo do Fecult. Jamais abandonando, é claro, os propósitos verdadeiros do blog. Apenas acho bacana explorar novos temas e abordagens antes não discutidos.

Comentei sobre minhas paixões por música, teatro, cinema e literatura. Mas, outra coisa que me motiva (se é que posso usar essa palavra) é a culinária. Não, nunca soube me virar na cozinha. Além de falta de talento, minha preguiça jamais possibilitou que eu pudesse preparar algo no mínimo gostosinho misturando alguns ingredientes.

No entanto, desde pequena, minha irmã se mostrou sempre entusiasmada neste ramo. E nossa tradição era: Gabriela cozinhava, Fernanda (eu, no caso) comia. Ou seja, eu amo experimentar sabores, desfrutar novos pratos, e sim, me empanturrar daquilo que eu mais gosto.

Sempre tive uma queda por doces. Todos! Bolos, tortas, chocolates, sorvetes. Misturados, então... são uma perdição! E há cerca de dois anos fui apresentada a algo que eu poderia descrever como próximo da perfeição: o brownie com sorvete.

Aquele bolinho de chocolate servido quente, durinho por fora e macio por dentro, com nozes, calda e acompanhado de uma deliciosa bola de sorvete de creme. Tem coisa melhor? Ainda não descobri. Não posso garantir que é minha sobremesa predileta, porque tem muitos doces que me agradam: o famoso e tradicional churros com doce de leite, o sofisticado e gordo bolo mil folhas, aquela banana split.... hum, gosto muito de tudo isso!

Mas, por se encontrar no meu top 5 de sobremesas e ser frequentemente visto nos principais menus de restaurantes e lanchonetes de São Paulo, resolvi me aventurar por uma experiência nada saudável e diet. Provar todos os brownies que eu encontrar pela frente.

Neste momento que vos falo, estou afastada dessa árdua tarefa. Já que após tanto chocolate com sorvete, meu corpo começou a reagir de uma forma que não me agradou nem um pouco. Engordei! E, agora, me encontro numa dieta severa que já me fez perder um quilinho esta semana. Espero que em questão de pouco tempo eu possa voltar ao meu desafio e descobrir a grande questão: qual é o melhor brownie com sorvete de São Paulo?

Para não deixar vocês com água na boca e sem nenhum rumo, caso queiram desfrutar dessa delícia, posso recomendar o brownie do América. Além de farto (se for experimentar, coma pouco no jantar ou abra mão de vez do prato principal, porque a sobremesa é grande. E não dá pra desperdiçar), o prato é super bonito e simplesmente sensacional. O bolo tem sabor e texturas indescritíveis. Com chocolate de verdade e muitas nozes, é acompanhado de calda quente, farofa, sorvete, chantili e um biscoitinho que dá o toque final!

Já adianto que dos experimentados até agora, é o meu predileto. Mas, ainda há muito o que comentar e explorar... deixo isso para o meu próximo post! E, por enquanto, que estou impossibilitada, só posso desejar que vocês curtam por mim.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Predestinação...


Se tem uma palavra que define a vida e trajetória de Assis Chateubriand, é predestinação! Afinal de contas, ele nasceu e viveu para realizar uma única missão. E, agora, você deve estar se perguntando: apenas uma missão? Mas, qual? Já que Chatô foi responsável por criar um império das comunicações no Brasil, foi um político influente, embaixador da Inglaterra, integrante da Academia Brasileira de Letras, jornalista de sucesso, fundador do maior e mais importante museu brasileiro, pioneiro da TV no país, entre outras muitas coisas.

Eu respondo: nenhuma das alternativas anteriores. A verdadeira missão de Chateubriand era muito mais simples e foi cumprida com pleno sucesso desde a infância pobre do jornalista em Umbuzeiro, sertão paraibano, até o final dos dias do já renomado homem das mídias e poderoso empreendedor. Chatô sempre fez o que quis, do jeito que achava melhor, sem se importar com palavras como impossível ou com a opinião alheia.

Você deve estar achando essa missão relativamente fácil. Acertei? Mas, é totalmente o contrário. Uma prova disso é se questionar sobre a seguinte situação: quantas crianças de 12 anos você conhece que por iniciativa própria bateram na porta da família mais poderosa de sua cidade para pedir emprego no jornal mais influente da região? E mais, quantas, das que fizeram isso, conseguiram a vaga e desempenharam com êxito suas funções?

Outro caso. Quantas pessoas você tem conhecimento que conseguiram alterar uma lei federal apenas por conveniência de seus próprios interesses? Pois bem! Chateubriand fez as duas coisas... e fez muito mais. Simplesmente pelo fato de se jogar de cabeça atrás dos sonhos e objetivos, sem medos, e por ter a mais plena consciência de que, no final, tudo daria certo.

Sim, admiro demais Assis Chateubriand. Um homem das palavras, culto, espontâneo, revolucionário, pró-ativo, corajoso... e um tanto mais de adjetivos que poderiam transformar meu texto numa rasgação de seda sem fim. Mas, além de tudo, o que mais me comoveu ao ler a biografia de Chatô, escrita por Fernando Morais, foi saber que existiu um homem que, no sentido mais amplo da palavra, viveu. Viveu todas as dores, amores, prazeres, vontades, sensações e experiências.

É claro que, para isso, o jornalista fez muitas besteiras, até atitudes que pessoas comuns consideram deploráveis. Como exemplo, podemos citar a frieza como tratava os próprios filhos ou as injustiças que cometia contra suas mulheres. Além disso, ética não é uma palavra que fazia parte do vocabulário de Chateubriand, que criava amizades e inimizades com extrema facilidade e sempre com objetivos, digamos, escusos. Um homem frio, egoísta e manipulador. Mas, totalmente fiel aos seus interesses.

Por isso, indico o livro “Chatô, o Rei do Brasil”, de Fernando Morais. Uma biografia rica em detalhes, curiosidades e que, além da história desse grande homem das comunicações, nos apresenta uma lição de vida. Que, não necessariamente, deve ser seguida por todos nós.